RESENHA: UM PERFEITO CAVALHEIRO - SÉRIE OS BRIDGERTONS LIVRO 3 - SEM SPOILLER

Título: Um perfeito Cavalheiro
Título OriginalAn Offer From a Gentleman
Autor: Julia Quinn
Editora:Arqueiro


Sinopse


Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica.

Os Bridgertons (livro 3) - Um perfeito cavalheiro - (An Offer From a Gentleman) - Benedict Bridgerton e Sophie Beckett
Os Bridgertons (livro 6) - O conde enfeitiçado - (When He Was Wicked) - Francesca Bridgerton e Michael Stirling
Os Bridgertons (livro 7) - Um beijo inesquecível - (It's In His Kiss) - Hyacinth Bridgerton e Gareth St. Clair
Os Bridgertons (livro 8) - A caminho do altar (On The Way To The Wedding) - Gregory Bridgerton e Lucinda Abernathy
Os Bridgertons (livro 9) - E, viveram felizes para sempre - (The Bridgertons: Happily Ever After) - segundos epílogos + conto especial






Poucos são os livros que a sinopse consegue ser tão fidedigna do desenvolvimento da estória, mas posso afirmar que essa não foi à melhor trama da autora, porém não foi ruim. Toda essa percepção gira em torno da expectativa gerada por meio das obras anteriores.
        Antes de começar abordar os pontos do terceiro livro dos Bridgertons queria enfatizar que gostei mais da capa do original do que desta, pois condiz mais com a proposta. Como bem esclarecido na sinopse a trama é baseada no clássico da cinderela e foi essa releitura que não me agradou. O livro tem uma abordagem diferente, trás outras configurações, mas essa nova composição me deixou um pouco decepcionada. Entretanto, não é um contexto ruim, não sei se estou me fazendo compreender, eu gostei só não atendeu as perspectivas traçadas se comparada aos volumes anteriores.
        Outro ponto que incomodou foi o título em Língua Portuguesa – um perfeito cavalheiro – achei mega estranho na construção dos acontecimentos. Benedict Bridgerton não deixa de ser um cavalheiro, todavia não imagino um cavalheiro propondo a uma donzela para ser sua amante, mesmo com as convenções de moral da época. Em todos os momentos ele foi um homem honrado (ou na maioria das partes), não obstante o título em inglês - An Offer From a Gentleman - que seria traduzido como mais ou menos uma oferta de um cavalheiro se adequaria melhor.
        A mocinha, Sophie, é a filha bastarda de um conde e quando esse se casa e morre ela passa do status de protegida para o de “escrava” tendo que fazer todos os afazeres domésticos para sua madrasta e as duas filhas. A parte mais contagiante é que o inicio baseado no contas de fada dura pouco, e após alguns capítulos os cenários são modificados e a protagonista não é mais uma “escrava”. A parte de maior destaque é os problemas correlacionados com as classes sociais, o problema de aceitação e o preconceito presente nessa década, que por meio de uma análise e reflexão critica pela vertente de outro ângulo ainda encontra-se no corpo social, é tratado e demonstrado significativamente como uma barreira para assumir por meio do casamento o amor dos dois. Obviamente que tudo é solucionado, porém a sensibilidade em tratar dessa problemática é substancial e com toda certeza assume certa significância.
        De toda a narrativa a parte que mais gostei foi o final. Primeiro pelas motivações que levaram a um determinado impasse e como tudo foi solucionado, segundo pelo destino da “vilã” e terceiro por ser uma das cenas mais cômica e ao mesmo tempo tosca do livro. Enfim, vi muitas pessoas nomeando dentro da série esse como o seu predileto, então, não foi o meu, todavia a autora conseguiu fazer uma trama leve, intrigante e com personagens cativantes. Entretanto, só terá esse ponto de vista ledores que tenham uma tendência a gostar de romances de época que são permeados por finais felizes.

Espero que tenham gostado, se já leu ou pretende ler deixe seu comentário.

        

Outras Informações

Capas Originais

Capas Originais Editora Arqueiro




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3 comentários:

  1. Olá, tudo bem? A série toda parece ser tão boa, é uma pena que esse livro tenha te desagradado em alguns pontos. De qualquer forma, tenho bastante curiosidade de ler as obras da autora. Adorei a resenha!

    Beijos,
    Duas Livreiras

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  2. Oi, esse também não entrou nos meus favoritos da série, mas eu gostei da parte da releitura. Gostei de conferir suas considerações sobre ele.

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  3. Faço parte do imenso fã clube da serie Os Bridgertons e esse livro em especial é um dos meus queridinhos porque apostura da Sophie diante da dificuldade de viver seu amor é muito madura. Ela simplesmente não queria que se tivesse uma filha, a menina passasse pelo que ela passou. Isso foi lindo.
    Adorei a resenha
    Beijos

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