RESENHA: TRILOGIA PAIXÕES IMPROVÁVEIS 3 - O DUQUE E A FUGITIVA



Título: O duque e a fugitiva
Autora: Sara Fideli
Editora: Independente

Sinopse


Maryelen Lorena Somerset, filha do distinto duque de Beaufort, cresceu sob a mão rígida de seus progenitores e foi preparada desde o berço para um casamento político que tornaria sua família ainda mais poderosa.
Sebastian Cavendish, o filho mais novo do duque de Devonshire surge em sua vida e ao vê-lo Maryelen sente que encontrou alguém especial.
Em meio ao florescer dos sentimentos, descobrem que uma união entre os dois não é bem quista pela família da jovem e o destino com suas intempéries os separa em uma sucessão de tragédias.
Agora, anos depois, Sebastian é o novo duque de Devonshire e um reencontro inesperado o coloca frente a frente com a moça que acreditava estar morta ou algo ainda pior.
As circunstâncias não são adequadas e a mulher que agora atende pelo nome de Helen não é mais a menina que um dia conheceu, mas uma fugitiva que forjara a própria morte impiedosamente.
Após um acidente que poderia ter fatalmente lhe tirado a vida, Sebastian tem um novo objetivo, um motivo para persistir: encontrá-la e descobrir quais outros segredos oculta e por quais razões o deixou.



        Uma estória bem construída é extremamente atraente. O dom da escrita junto com outros elementos consegue hipnotizar o leitor, e esse sentimento de deleite o impulsiona a querer descobrir mais sobre outras obras desse tão talentoso escritor.
        Eu li a resenha desse livro em algum blog, o qual não me recordo, e navegando pela Amazon lembrei da capa do mesmo e baixei para a biblioteca do kindle. Bem, essa foi uma leitura totalmente prazerosa e surpreendente, pois confesso que não coloquei muita expectativa no desenvolvimento da trama.
        Antes de começar a falar da narrativa da estória gostaria de fazer alguns apontamentos; apenas no meio do livro percebi que era uma série, e que esse era o terceiro livro e não sei as razões que não notei essas características antes. Não conheço a autora, mas a mesma escreve muito bem. Mesmo sendo uma produção independente os cuidados são notórios é essa é a parte inesperada, uma vez que essas escritas não têm a tendência de serem revisadas e sempre há erros gramaticais de alguma natureza, o que não vi nesse. Toda a estrutura da obra é organizada e não há problemas relacionados a questões temporais, de personalidade ou de qualquer outro conflito geralmente presente nessas produções que não foram acompanhados por uma editora. Logo, essa primazia junto com outros quesitos me conquistou.
        Mesmo sendo uma trama histórica com um provável final feliz há uma circunspeção, isto é, a autora colocou algumas posturas em personagens secundários como prepotência, arrogância, intolerância e violência que provavelmente eram comuns em alguns homens da elite. Obviamente que o contexto não gira em torno desses pormenores, mas é um quesito para o “estopim” da teia que circunda os protagonistas. Não li os livros anteriores, visto que esse é o terceiro, mas não achei que interferiu na minha leitura.
        Maryelen Lorena Somerset, filha do duque de Beaufort, foi criada com a intenção de se casar por quem seu pai designasse e esse tinha muita ambição para deixar qualquer um desposar sua filha. Após se apaixonar por Sebastian Cavendish, o segundo filho do duque de Devonshire, a mesma passa a sofre agressões físicas e verbais de seu progenitor, visto que antes ela já sofria outros tipos de violência. Após uma série de infortunas informações errônea essa foge de todos e começa uma nova vida como serviçal e atendendo como Helen.
        Desde começo há química entre esse casal e é perceptível que realmente se amam e que o destino de alguma maneira tramou contra eles. Após cinco anos Sebastian torna-se o conde de Devonshire e em circunstâncias anormais encontra sua amada. O fato de Helen fugir constantemente de Sebastian trouxe um alivio cômico para esse tombo e a maneira como esses se resolveram foi permeado por enredo simples e compreensível.
        No entanto, confesso que não gostei da maneira como alguns pontos foram solucionados, pois, em minha concepção, poderiam ser mais elaborados. Por exemplo, a forma como o duque de Beaufort é julgado é pouco convincente, já que existiam outras provas que pudesse ser usado para uma melhor persuasão. Até mesmo uma confissão do duque daria maior credibilidade para a cena. Outra propriedade foi a maneira como determinada pessoa recupera a memória rapidamente, não achei eloquente, todavia nenhuma dessas singularidades são empecilhos para não afirmar o quanto esse exemplar é único e irresistível. Apenas um adendo, achei que as letras da capa poderiam ser mais evidentes para facilitar a leitura das informações, pois o mesmo é uma trilogia e só depois de começar ler que vi as letras estão miúdas.
        Por fim, essa foi uma descoberta sublime e contagiante. Embora esteja cheia de séries para acabar fiquei motivada para navegar mais nas construções dessa autora e descobri mais sobre o seu indubitável talento.


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12 comentários:

  1. Oi Verônica!!
    Mas você começou pelo terceiro e não sabia que era uma série? HAHAHA que doido, mas que bom o livro consegue proporcionar um boa leitura mesmo sem ter livro os dois primeiros volumes antes, a premissa do livro é bem interessante, amo livros com interferência do destino.

    Beijos!
    Eita Já Li

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  2. oi!
    Eu adorei a dica :D gostei da capa e a historia parece ser bem interessante... Ja coloquie na lista de leitura

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  3. Que felicidade encontrar sua resenha e ver que gostou da leitura! Eu já li esse e os outros livros da autora e talvez tenha sido em meu blog que você o tenha visto. Quando li o primeiro livro da trilogia, ainda no Wattpad, também fiquei surpresa com a boa escrita da autora e com todo o cuidado dela em relação a revisão. Amei conferir sua resenha!

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  4. Olá!
    Eu acho que odiaria as personagens deste livro, principalmente os homens por motivos obvios. Espero que os outros livros da série te agradem e que tenham personagens melhores.

    Silviane, blog Memento Mori• Siga no Instagram: @kzmirobooks

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    Respostas
    1. Oii!

      Entendo que seja um estilo que não goste, mas eu gostei do livro e enfatizei isso rs

      Beijos!

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  5. Oi Verônica.

    Eu não conhecia este livro e pela sua resenha a história parece ser interessante e envolvente. Vou adicionar os livros anteriores juntamente com este na lista de desejados para conhecer a escrita da autora e conferir a história. Parabéns pela resenha e obrigada pela dica.

    Bjos

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  6. Olá, tudo bem? Eu acho que terminaria bem irritada esperando um livro só e depois saber que era de uma série hehehe não tive oportunidade antes de conhecer ele, mas fiquei bem curiosa. Fã de romances de época, espero poder me encantar. Adorei!
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com/

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  7. Olá, tudo bem por aí?

    Não conhecia a trilogia ainda e, apesar de não ser o tipo de obra que estou comumente lendo, parece ser muito interessante, com o casal principal cativando o leitor. Acho que irei pesquisar mais acerca e tentar dar uma chance. Sua resenha está ótima e já estou seguindo o blog!

    Abraços!
    Acampamento da Leitura

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  8. Olá,
    Eu gosto desses romances em que você praticamente sabe o que irá acontecer, isso não me incomoda. Porém eu fujo um pouco das nobrezas (duques, condes, sheiks e etc), não sei, não são muito meu estilo hahahaha. Mas talvez eu dê uma chance a esse.

    Debyh
    Eu Insisto

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  9. Eu ainda não conhecia esse livro, mas gostei do contexto apresentado. Estou gostando de romances com essa ambientação histórica e já vou adicionar esse livro na minha listinha. Gostei de ver sua opinião e o ponto que não te agradou.

    Beijos,
    Blog PS Amo Leitura

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  10. Olá!
    Eu sou muito suspeita, pois amo demais romances de época! A trama me fisgou de imediato e já adicionei na minha lista antes mesmo de começar a ler sua resenha, apenas com a sinopse. Uma coisa que eu adorei que voce comentou é algo que vem acontecendo muito, é a qualidade das autopublicações. Muito bom ver que os próprios autores estão provando ao público que ter um preconceito, achando que obras assim são inferiores, é puro preconceito mesmo. Uma delícia ver como eles estão crescendo em várias formas! Viva nossa literatura!
    Abraços

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