RESENHA - HOMEM ARANHA: LONGE DE CASA

SINOPSE

Peter Parker está em uma viagem de duas semanas pela Europa, ao lado de seus amigos de colégio, quando é surpreendido pela visita de Nick Fury. Convocado para mais uma missão heroica, ele precisa enfrentar vários vilões que surgem em cidades-símbolo do continente, como Londres, Paris e Veneza, e também a aparição do enigmático Mysterio.

Outras informações

Data de lançamento: 4 de julho de 2019 (Brasil)

Direção: Jon Watts

Música composta por: Michael Giacchino

Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers

Produtoras: Marvel Studios, Columbia Pictures, Marvel Entertainmen

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MINHAS IMPRESSÕES

        Como já acentuado várias vezes aqui no blog eu não leio gibi e sei dos acontecimentos das estórias do “original” através dos meus amigos que jogam comigo. Sendo assim, partindo de um olhar de uma pessoa leiga no assunto o filme é “ok”.

        Talvez começar uma introdução com a palavra “ok” seja chocante, todavia não consigo ter a sensibilidade de conseguir um sinônimo de fácil compreensão para descrever o filme. Por isso, no primeiro longa-metragem dessa saga (HomemAranha de volta ao lar) tive a mesma sensação em relação ao segundo, quer dizer, é um filme bom, tem suas cenas cômicas e divertidas, mas também é dedutível e “normal”. Um ponto que ganha importância é que há um paradoxo e uma ligação com o último filme dos vingadores. Assim, temos uma pressão para que Peter Parker (Tom Holland) assuma o lugar de Tony Stark. Aliás, o vilão Mysterio (Jake Gyllenhaal) não constitui uma surpresa em momento algum, pois desde início era notório o seu papel no filme que não era o de herói. Logo, pode-se resumir que o Peter Park é sagaz, mas o homem-aranha é “adverso”.

        Mesmo sendo previsível o ator é jovial e leva essa característica para sua interpretação. Em outras palavras, é uma obra juvenil e com certeza conquistou o público adolescente. Entretanto, não sei se conseguiu o mesmo sucesso com os adultos. Tem cenas épicas e muitas ações ligadas ao que é real e ao que é manipulado. Esse é o ponto mais impressionante durante todo o enredo, mas a trama é “regular”. Não estou afirmando que é ruim, apenas que dentro de uma análise pessoal não foi o que esperava. Todas essas particularidades são visíveis no trailer, uma vez que, o Mysterio nunca foi herói e isso é plausível para qualquer amador do mundo do gibi.

        Cabe ressaltar que o romance de Peter com MJ[1] (Zendaya) é a única parte sólida na teia de tramas, todos os outros pontos são rápidos, suscetíveis e nada inerentes. Os diálogos são rasos, não tem um elo emocional dos personagens, e a platéia contempla com antecedência o círculo de teias que vai aparecer durante as cenas. Enfim, o roteiro não é bem organizado e elaborado, há o famoso “encher lingüiça”, ou seja, muitos acontecimentos são desnecessários e estão na tela apenas para preencher o tempo. Em outras palavras, parece mais um filme de comédia do que de super-herói.

        De forma bem simples essa foi a minha percepção, porém essa não é minha área de atuação. Achei que a mensagem do filme foi espetacular, pois a manipulação midiática é muito enfatizada no cenário político mundial, assim como no contexto nacional, não obstante foi um filme “legal”. Há duas cenas pós-crédito e gostei muito das mesmas. Em relação a pergunta: “vale à pena assistir no cinema?” a resposta é “Sim!” Só não crie expectativas.

E, aí, vocês concordam?

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[1] Uma curiosidade de quem tem amigos nerds; a MJ é a Michelle Jones e não Mary Jane. Isso é decorrente de problemas envolvendo direitos entre a Marvel e a Sony.