Resenha: Livro 4 - Tempestade de guerra - VIctoria Aveyard (SEM SPOILER)


Título em português: Tempestade de guerra
Título em inglês: War Storm
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte


Sinopse



No aguardado desfecho da série A Rainha Vermelha, descubra qual poder sairá vencedor depois que a tempestade de guerra passar. 
Mare Barrow aprendeu rápido que, para vencer, é preciso pagar um preço muito alto. Depois da traição de Cal, ela se esforça para proteger seu coração e continuar a lutar junto aos rebeldes pela liberdade de todos os vermelhos e sanguenovos de Norta. A jovem fará de tudo para derrubar o governo de uma vez por todas — começando pela coroa de Maven.
Mas nenhuma guerra pode ser vencida sem ajuda, e logo Mare se vê obrigada a se unir ao garoto que partiu seu coração para derrotar aquele que quase a destruiu. Cal tem aliados prateados poderosos que, somados à Guarda Escarlate, se tornam uma força imbatível. Por outro lado, Maven é guiado por uma obsessão profunda e fará qualquer coisa para ter Mare de volta, nem que tenha que passar por cima de tudo — e todos — no caminho.

Resenhas dos livros anteriores:

Livro 1: A rainha vermelha
Livro 2: Espada de vidro
Livro 3: A prisão do rei


Minhas impressões



        Para refletir sobre esse último volume da série “A rainha vermelha” é necessário realizar ponderações sobre os livros anteriores.

        Partindo desse princípio, o primeiro livro (A rainha vermelha) nos apresenta os personagens e todos os contextos sociais de uma monarquia, onde os prateados são os nobres e os vermelhos vivem em um regime de escravidão. Prateados e vermelhos são divididos de acordo com a cor do seu sangue, dentro de uma pirâmide hierárquica no qual o poder das famílias, cujo sangue é prateado, perpassa de geração para geração. Nesse ciclo, os prateados têm poderes incomuns, como controlar os quatro elementos, ou mesmo o metal, serem telepatas, dentre outros. Entretanto, os vermelhos são seres humanos “normais” não possuem nenhum tipo de poder. Logo, conhecemos a protagonista; Mare Barrow que tem o “talento” de controlar a eletricidade, mas possui sangue vermelho.

        No segundo volume da série (Espada de vidro) somos contemplados por uma resistência, composta por civis vermelhos e os “sangue novos”, ou seja, vermelhos com poderes. E, por fim, a terceira obra (A prisão do rei) foi enfadonha. São 300 páginas nas quais Mare é prisioneira do vilão, o rei Marven, e que fica enrolando para mostrar como esse (Rei Marven) mudou e está malvado, e, que não há conserto para ele. No final desse exemplar começa a ter mais ação e uma idéia do que haveria no próximo livro.

        Depois da decepção do terceiro livro da série, demorei a ler tempestade de guerra, e foram muitos os motivos, como por exemplo, a melancolia que foi “A prisão do rei”. Cabe acentuar que esse é o meu ponto de vista e, obviamente, você leitor pode discordar. Então, o último livro foi muito relevante. Pontuei aspectos positivos e negativos na trama. Victoria conseguiu retornar a escrita e nos apresentou uma Mare mais madura e humana, sem ser aquela super heroína que precisa defender a todos. Não temos um quarteto e nem um triângulo amoroso, uma vez que, isso ficou bem esclarecido nas estórias anteriores, e adorei com quem Mare ficou ou pareceu ficar, que já era de se esperar.

        Em relação ao Príncipe Cal, desde começo gostei dele e no decorrer de todos os livros só me mostrou o quanto o caráter e bondade dele foi significativo. Se toda realeza fosse assim, a monarquia seria louvável. Esse livro deixou bem evidente que todos têm direito a escolhas e precisam ser respeitados por isso. É demonstrado de forma natural (a postura que deveria ser adotada na sociedade) as questões sociais, étnicas e as opções sexuais.

        No final temos personagens que evoluíram e momentos bem extasiantes, mas achei a morte de algumas figuras inusitadas sem emoção. Gostaria de mais batalhas, com maiores descrições, detalhes, não que tenha sido ruim, porém imaginei uma guerra realmente com um ponto final, o que não aconteceu. A autora deixou fragmentos, talvez, para uma continuação. Entendo que uma guerra não tem desfecho e como enfatizado não foi algo ruim, contudo meu lado emocional esperava mais pontos finais.

        Victoria também deixa alguns pontos de interrogação e acredito que tenha sido intencional. A ausência de um final clichê foi incomum, bom e ruim. Incomum pelas razões de jamais imaginar, bom por ser algo imprevisível e ruim porque gostaria muito de um cenário mais propenso ao romance. É indiscutível que Mare tinha que ficar com seu amor depois de tantas perdas, dores e renúncias, mas a leitura sobre esse ponto é subliminar, isto é, só quem leu a série, conhece os personagens sabe que o amor da sua vida jamais deixaria de esperar. Pelo tempo que fosse!

        Enfim, a certeza é que a após a guerra tudo pode ser reconstruído e que um sistema de governo democrático é a melhor opção. A luta pela igualdade precisa ser uma motivação, um princípio para todo cidadão.
       

Comente com o Facebook:

9 comentários:

  1. É uma série que quero dar uma nova chance. Não consegui me prender na história e acabei abandonando o primeiro livro na metade. Mas sinto que deveria ter insistido, pois sempre que encontro uma resenha é elogiando a obra e a trama. <3

    Sai da Minha Lente

    ResponderExcluir
  2. Oi Verônica,
    Ainda não li nenhum livro da autora, mas tenho muita vontade, pois inúmeros amigos recomendam a série. A única coisa que me preocupa é que, ainda no quarto volume, a autora tenha deixado algumas pontas soltas.
    Vou me arriscar em ler para ver o que acho ♥
    Beijos,
    @umoceanodehistorias_

    ResponderExcluir
  3. Oi Verônica,
    Li os dois primeiros livros da série e acabei desanimando. O primeiro livro entrega diversas formas do quanto a história pode ser envolvente e rítmica. Já no segundo vi pontos importantes, mas acabou sendo bem cansativa para mim. Aí nem cheguei ao terceiro. Mas ainda pretendo finalizar em algum momento e ter uma opinião mais completa. Adorei suas considerações, provavelmente a minha não será tão diferente, levando em consideração o ponto de vista.
    Bjim!
    Tammy

    ResponderExcluir
  4. Olá!
    Eu gostei bastante da série, apesar de A Prisão do rei ter me decepcionado um pouco em relação ao ritmo da história.
    A edição é bonita e o desfecho poderia ter sido um pouco melhor, afinal o livro é extenso, mesmo tendo algumas brechas é uma série que recomendo.
    Beijos!

    Camila de Moraes

    ResponderExcluir
  5. Oi, tudo bem? Acredita que já comecei essa série umas três vezes, mas ainda não fluiu pra mim? Acabo me cansado logo no primeiro capítulo. Mas espero que esse ano eu possa destravar essa leitura, pois tenho o primeiro livro há mais de dois anos. Fico feliz que ela tenha ficado com o amor da vida dela, mas não sei o que significa, porque não li nada haha. Achei legal você fazer considerações sobre as personagens :)

    Love, Nina.
    www.ninaeuma.blogspot.com

    ResponderExcluir
  6. Olá!
    Ainda não li nenhum livro da série, teve uma época que tive bastante curisiodade de conhecer, mas não sei o motivo que essa vontade passou. Rs
    Gostei da sua resenha, e quem sabe eu dê uma chance a série. Pode ser que eu me surpreenda.
    Beijos!

    ResponderExcluir
  7. Eu tenho muita curiosidade para ler os livros dessa série e adorei a sua resenha sobre esse volume, eu acho que é uma leitura que vai me agradar bastante e não vejo a hora de ler também.

    ResponderExcluir
  8. Olá, gostei muito de conferir sua opinião sobre esse quarto volume. Eu só li o primeiro da série e gostei, tanto que comprei o segundo mas não li até hoje. Que bom que pelo menos o quarto foi um pouco melhor que o terceiro, mas não me surpreenderia se a autora ainda lançasse mais um livro extra para a série.

    ResponderExcluir
  9. Olá, tudo bem?

    Confesso que tenho os dois primeiros volumes dessa série, mas até hoje não os li, para falar a verdade desisti deles e estou pensando em me desfazer deles... o.o
    Mas sua resenha conseguiu me atiçar um pouco, coisa que até agora não tinha rolando quanto a esses livros, essa questão dela ter deixados pontas para se refletir propositadamente me chama a atenção e suas ponderações parecem do nosso mundo atual. Ante de me desfazer vou pensar duas vezes se quero mesmo ler ou não.

    Beijo!

    ResponderExcluir