Espada de Vidro - Livro 2

Título: Espada de vidro
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Resenha do primeiro livro 

Resenha do terceiro livro 

Resenha do quarto livro

Sinopse
Se sou uma espada, sou uma espada de vidro, e já me sinto prestes a estilhaçar.O sangue de Mare Barrow é vermelho, da mesma cor da população comum, mas sua habilidade de controlar a eletricidade a torna tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Depois que essa revelação foi feita em rede nacional, Mare se transformou numa arma perigosa que a corte real quer esconder e controlar.Quando finalmente consegue escapar do palácio e do príncipe Maven, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única vermelha com poderes. Agora, enquanto foge do vingativo Maven, a garota elétrica tenta encontrar e recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exército contra a nobreza opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuidado para não se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.

• Considerações

Essa obra é a continuação do livro “A rainha vermelha”, uma distopia que retrata as desigualdades e injustiças de um governo opressor.

É bem complicado narra à continuação de uma saga, até mesmo porque é a sequência do que ocorreu no livro anterior. Dessa forma no exemplar antecedente (para quem não quiser ler a resenha) somos apresentados há um governo escravista, que explora seu povo e considera o mesmo como inferior por não ter o sangue prateado e poderes*. O sistema politico é monárquico e os seus súditos que têm o sangue dessa cor (prata) e não pertencem a nobreza fazem parte da burguesia, ou seja, são comerciantes e consequentemente ricos. Na primeira obra conhecemos Mare Barrow, uma menina que tem sangue vermelho e se prepara para entrar para o exercito de seu rei prateado, pois não tem oficio e aqueles que não possuem profissão precisam lutar na guerra, sendo recrutados na adolescência.

Quando descobrem que Mare é vermelha e consegue controlar a eletricidade, e por esse “acidente” ter ocorrido nas frentes das câmaras e ser televisionado para todos os súditos, a rainha junto com o rei inventa uma identidade falsa para evitar uma guerra civil. Daí começa a jornada da nossa protagonista na corte, onde ela descobre que ninguém é confiável e como o poder corrompe as pessoas. Nesse livro conhecemos três possíveis pares românticos para a mocinha, mas confesso que tinha preferência por um e no segundo livro ficou mais do que evidente quem Mare realmente ama. Depois de toda essa narrativa vou contar o que achei do segundo volume.

Refugiada com as tropas da resistência, pois no livro anterior Mare consegue ser resgatada e assume um lado nessa disputa, ela vai à busca de outros “sangues novos” que são da mesma “raça” e apresentam alguma habilidade (poder) diferente, assim como nossa narradora. Entretanto até metade do livro, e mesmo compreendendo tudo que ela passou, achei Mare arrogante e sem essência. A impressão que tive até certo momento da obra é que a autora estava se perdendo na construção da personagem. Em muitos instantes a mesma por ter poderes elétricos se achava superior aos demais, querendo proteger demasiadamente quem ela amava e sufocando o leitor.

Creio que por tentar passar um lado tão humano da personagem Victória acabou caindo nesse círculo de monotonia, mas depois de um dado momento, particularmente no meio do enredo, as “rédeas” voltam a ser controladas e ação retorna. Vemos que a mesma coloca uma gotinha de romance, cenas mais agitadas e promissoras. Nesse instante comecei a perceber o talento promissor da autora que havia ficado escondido nas folhas iniciais, fui sucumbida para o mundo proposto e consegui sentir e viver os medos e receios de Mare.

A escritora também desmitificou outros personagens, uns que eram os “líderes” da revolução e tinham atitudes promissoras acabaram por ficar em segundo plano e perderam o impacto ameaçador, e particularmente isso não me agradou. No entanto, fora essas contraversões, quando a estória voltou ao percurso normal à curiosidade e ansiedade para ler a sequência retornou com grande impacto.  E Victoria conseguiu surpreender e emocionar. Não curto ler séries que não foram encerradas, e isso me deixou um pouco oprimida, mas estou ansiosa e espero que a autora lance logo as demais continuidades.

Por fim, podemos concluir que mesmo com as partes maçantes do inicio da trama a autora conseguiu se encontrar e concluir o que estava sendo proposto, de forma significativa e prazerosa. 

Se sou uma espada, sou uma espada de vidro, e já me sinto prestes a estilhaçar. (p.275)

*Poderes como controlar vários elementos: fogo, água, agilidade, eletricidade e etc.